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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Aluna da Universidade Mackenzie entrevista autor de "Igreja viva, Igreja que trabalha"


Entrevista sobre o livro Igreja viva, Igreja que trabalha.

Suri Cézar,
Aluna do curso de Publicidade e Propaganda
da Universidade Mackenzie, São Paulo, entrevista o autor.


Suri Cézar: O livro se chama “Igreja viva, Igreja que trabalha”. O que realmente essa obra tem a transmitir ao público, aos leitores?

Aldo Reis: Sempre me referi à igreja utilizando de experiências concretas, vivas e presentes no cotidiano. A igreja é peregrina porque caminha neste mundo em direção à realização da proposta de seu fundador, porém, quem caminha não é o templo, as pedras. A realidade eclesial é formada por pessoas que são as protagonistas de todo o trabalho desenvolvido.
Por meio de uma metodologia simples e muito utilizada, o livro tenta “dar vida” e dinamizar os grupos e equipes que dele se servirem, a fim de promover e qualificar o trabalho em equipe.

Suri Cézar: É um livro completamente religioso e apenas direcionado para essa finalidade?

Aldo Reis: Não. Embora seja uma obra muito simples, discreta e com nome religioso, trata com dinamismo a problemática das relações internas de um pequeno ou grande grupo ligado á qualquer instituição. Na pergunta anterior lhe respondi falando muito sobre a igreja cristã em geral, porém, é possível fazer uma interpretação por meio da ótica administrativa e que possibilite a mesma aplicação metodológica em sistemas empresariais.

Suri Cézar: Como e quando surgiu a ideia de escrever um livro sobre metodologia que auxiliasse o processo organizacional de grupos religiosos e ao mesmo tempo pudesse ser aplicado á grupos não religiosos e até equipes empresariais?

Aldo Reis: Bom, a ideia surgiu em meados de 2009, quando ainda estava no primeiro ano de formação no Seminário de Uberlândia. Após ler várias obras de grandes autores pastorais, decidi elaborar um pequeno projeto intitulado: “Planejamento pastoral”. O projeto amadureceu com a associação de orientações administrativas e após três anos posso expor ao público sua primeira versão e-book.

Suri Cézar: Você, como estudante de filosofia, inseriu na obra conceitos e elementos intrinsecamente filosóficos?

Aldo Reis: Eu diria que é impossível escrever ou dizer algo sem servir-se da filosofia. Em todas as áreas do conhecimento, aí está ela. Mas não utilizei conceitos puramente filosóficos, palavras complicadíssimas e que requeiram especialistas. Tentei ser o mais simples possível.

Suri Cézar: Então, onde é possível adquirir a versão e-book da obra?

Aldo Reis: O livro pode ser adquirido no site clubedeautores.com e seu preço está muito acessível. Também realizarei sorteios via facebook, vale a pena estar conectado e curtir ou compartilhar a página da obra, que disponibilizarei em breve, para participar das promoções.

Suri Cézar: Muito obrigado pela entrevista. Sucesso.


Link para compra direta do livro

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Credo de um sonho real




Creio que ainda é tempo de lutar
Pelos nossos sonhos, pelo povo e pelo mundo.
Creio que ainda é tempo de desvendar nossas inquietações e transformá-las em flores de liberdade.
Creio que ainda é tempo de escutar o silencio, as lágrimas e as esperanças de um povo que ainda sonha pequenas utopias.
Creio que ainda é tempo de aceitar desafios, amar as diferenças e aceitar a novidade.
Creio que ainda é tempo de escutar o grito dos que não têm voz, de cantar a beleza da vida e anunciar a verdade às multidões.
Creio que ainda é tempo de dançar canções de solidariedade, de querer bem a todos e ser mais generoso.
Creio que ainda é tempo de dar as mãos e juntos fazermos acontecer a vida, cultivar a ternura e a amizade sincera.
Creio que ainda é tempo de sorrir com alegria, de brincar com as crianças e contemplar o amanhecer de um novo dia.
Creio que ainda é tempo de ser mais pessoa e menos máquina, saborear o momento presente e ser mais verdadeiro.
Creio que ainda é tempo de levantar bandeiras de luta, de promover a justiça e a paz, perdoar e ser mais afetivo e mais dócil.
Creio que ainda é tempo de rezar, de ser mais humano, mais cristão e valorizar o outro como companheiro de caminhada.
Creio que ainda é tempo de amar, sonhar, sentir e celebrar e viver cada momento como se fosse o melhor e o último momento da vida.
Creio, simplesmente, que ainda é tempo de redescobrir que é possível ser feliz. E que as mudanças acontecem quando eu começo mudando a mim mesmo. Crendo será possível transformar o mundo, o meu mundo, aqui e agora. E se não for possível fazer coisas estrondosas, que eu possa dizer no fim de tudo isso: Eu encontrei, na juventude, o sentido da vida. Eu apenas vivi.


Aldo César dos Reis Borba Júnior
filósofo e escritor

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Reforma política e mobilização social



A reforma política é uma urgência inadiável em nosso país. Se feita de forma a ultrapassar os limites de uma simples reforma eleitoral, ela se torna um caminho seguro para coibir a corrupção e sua abominável impunidade, que corroem as instituições do Estado brasileiro e a vida do povo
É interessante notar que ainda existem cidadãos, jovens e adultos, ainda que poucos, desejando a transformação social e política brasileira. O mundo está provando um pouco da “força da juventude” por meio de protestos, manifestações e todo tipo de expressão que defende o ideal de transformação. Na Europa, continuamente nos deparamos com manifestações e expressões organizadas por jovens que apenas tentam ser úteis no desempenho do exercício cidadão que a eles é conferido pela inserção á uma determinada sociedade.
No Brasil isso não pode ser diferente. Um país em pleno desenvolvimento econômico, próximo palco de grandes eventos mundiais, referência na América Latina e com um péssimo nível educacional. Quando falamos de política brasileira sempre nos lembramos dos políticos que mancharam a história e ainda continuam deixando aquele tão conhecido rastro da corrupção.
Numa reflexão filosófica, podemos comprovar que esses representantes que se dizem “políticos” nem sempre podem ser considerados como tal. Vejamos uma simples argumentação comparativa e conclusiva acerca do referido.
No âmbito da filosofia, o filósofo é quem ama, almeja e respeita a sabedoria, não se chama “filósofo” (ainda que ele próprio se possa considerar como tal) a um escritor que, à falta de “amor” à sabedoria ou negação de sua veracidade, por falta de cultura ou entendimento suficiente, publica sobre questões filosóficas obras sem valor investigativo concernente com a proposta filosófica ou por vezes completamente desconexas. Do mesmo modo não se atribui o nome de “cientista” ao autor de uma dissertação absurda, tratando ele sobre uma questão física, química ou astronômica utilizando erroneamente os métodos oferecidos pelas ciências e até mesmo demonstrando uma incapacidade de ruptura metodológica a fim de encontrar um novo caminho para tal investigação.
Da mesma forma não se pode atribuir o título de “político” àquele que usa a arte de persuadir e ludibriar para conquistar a sociedade e fazer carreira, o que poderia ser chamado de politicagem, bem diferente do político que visa o bem comum fundamentado na verdade. A política é um meio pelo qual se ordena a razão, expondo-a em forma de leis e práticas que devem promover e assegurar o bem comum da sociedade.
Podemos nos perguntar o porquê da existência de tantos partidos políticos, sobretudo no Brasil. Comunistas, socialistas, democratas, liberalistas, republicanos, etc. São muitos e nos perguntamos: Qual a necessidade disso? Outro detalhe que percebemos na política atual é que, ainda com nomes diferentes, todos os partidos têm um único ideal: permanecer no poder. Já não questionamos ideais políticos e possuir um ideal se torna mais difícil que acreditar em utopias. A esquerda fala de democracia, a direita também. A direita fala de direitos humanos e saúde, a esquerda tenta superar utilizando as mesmas propostas. O governo fala da social democracia e a oposição também fala da social democracia e um quer “atropelar o outro”.
Qual o perfil da política brasileira? Uma corrida de gente preparada e despreparada que deseja governar e permanecer no poder, ainda que seja necessário passar por cima de um monte de princípios éticos e morais. O importante é dominar, já que a impunidade é algo que existe por toda parte, menos nos gabinetes que nos governam. O que é preciso para ganhar uma eleição e representar um povo? Um dos principais problemas é que o próprio brasileiro é o autor de tudo isso. Conferir o currículo, ou melhor, a ficha de um político é algo imprescindível para elegê-lo ou não.
A sociedade brasileira não pode ser frustrada no seu direito de participação, totalmente democrática, nas iniciativas e promoções que clamam uma ampla reforma política e social. Alguns projetos de lei de iniciativa popular, como as leis 9.840/1999, contra a corrupção eleitoral e 135/2010, denominada Ficha Limpa, são provas do quanto o povo deseja pôr fim à chaga da corrupção no Brasil.
Ouvimos a palavra democracia sempre que nos deparamos com algo relacionado à política ou sociedade, mas na prática ainda falta muito. Fortalecer a democracia direta é fazer referência à regulamentação do artigo 14 da Constituição Federal, que trata dos plebiscitos, referendos e leis de iniciativa popular. A reforma política, além disso, não pode adiar sérias medidas que moralizem o financiamento das campanhas eleitorais, assegurem candidaturas de “Fichas Limpas”, criem mecanismos para revogação de mandatos e garantam a fidelidade partidária.
A CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – desempenhando o seu papel de auxiliar a formação humana e religiosa do cidadão, publicou, no dia 22 de setembro deste ano corrente, uma nota oficial na qual diz o seguinte: “Atentos para que estas mobilizações se resguardem de qualquer moralismo estéril, incentivamos sua prática constante, com objetivos democráticos, a fim de que, fortificadas, exijam do Congresso Nacional uma autêntica Reforma Política, que assegure a institucionalidade do País.” (Nota oficial, P- Nº 0913/11 de 22/08/2011).
O Estado brasileiro, bem como o povo que dele faz parte, deve fazer uso de instrumentos legais para identificar, coibir e punir os responsáveis por atos de corrupção. Porém, se não houver um sério comprometimento ético, será impossível banir dos meios políticos e sociais a longa e dolorosa tradição de apropriação do Estado, por parte de alguns, que se dizem políticos e não são, para o enriquecimento de pessoas e empresas. Já não se fala em uma sociedade capitalista dividida de uma sociedade socialista. Infelizmente o cidadão brasileiro vive as duas duras realidades. De um lado as empresas capitalistas que fazem de tudo para conseguir expandir seus lucros, ainda que seja necessário instrumentalizar o ser humano e até transformá-lo num mecanismo de enriquecimento. Do outro o socialismo, com falsas idéias de igualdade e que defende um único ideal: o governo e manipulação de um povo por meio do regimento de um só. No Brasil as duas ideologias se aliam para atuar com mais força no desempenho de sua função mais nobre: permanecer no poder.
O momento exige de todos, e dos jovens em especial, a retomada do direito de participação no âmbito político-social brasileiro. Fala-se de liberdade para escolher a melhor opção para governar o povo, mas todos são obrigados a votar, impedindo que haja uma verdadeira liberdade. Portanto, é urgente formar a consciência do cidadão em relação à política para que a sua única arma, que é o voto, não seja uma arma de destruição em massa a partir do apertar de um botão.
Que os jovens, cidadãos comuns, gente que sonha ter dignidade de gente, exijam a retomada do diálogo entre os atores da sociedade civil e os legisladores, na perspectiva de incorporação de algumas das muitas propostas concretas já elaboradas. Começando por uma séria reforma política interna, na câmara dos deputados, no senado, etc. e que siga até os mais altos níveis do poder público para eliminar a sujeira e restos deixados pela história de homens que um dia se autodenominaram políticos, mas que não passam de pessoas com intenções bem diferentes do verdadeiro “ideal político” pela qual toda sociedade sonha ser governada. É possível outra sociedade.






DOS REIS BORBA, Aldo César

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Política ou politicagem?




       A lei é uma ordenação da razão no sentido de que se apóia em considerações que a justifica. Para Aristóteles, filósofo grego que instituiu a política no Ocidente: “ordenar é o ofício do sábio”.
             A política é um meio pelo qual se ordena a razão, expondo-a em forma de leis que devem promover e assegurar o bem comum da sociedade.
            O ser humano tem trabalhado em prol do desenvolvimento de novas leis, que propõe uma sociedade melhor, mas nem sempre os resultados são positivos.
                  No sistema político do séc. XXI existem algumas falhas que comprometem sua finalidade. Essas falhas têm crescido gradativamente ao ponto de chegarmos a uma possível crise, que no Brasil já é notável. As pessoas que possuem o encargo de “coordenar a razão”, nem sempre são fiéis à política e ao sistema pela qual ela é desenvolvida.
                 Alguns políticos usam a arte de persuadir e ludibriar para conquistar a sociedade e fazer carreira, o que poderia ser chamado de politicagem, bem diferente do político que visa o bem comum fundamentado na verdade.
             Verifica-se assim que a maneira como os governantes vêm conduzindo a sociedade não está de acordo com os princípios da política. Faz-se necessário, então, que o povo exija atitudes sérias e responsáveis dos políticos para que juntos, povo e governo construam uma sociedade realmente democrática e igualitária. 

DOS REIS BORBA, Aldo César