Creio que ainda é tempo de lutar
Pelos nossos sonhos, pelo povo e pelo mundo.
Creio que ainda é tempo de desvendar nossas inquietações
e transformá-las em flores de liberdade.
Creio que ainda é tempo de escutar o silencio, as
lágrimas e as esperanças de um povo que ainda sonha pequenas utopias.
Creio que ainda é tempo de aceitar desafios, amar as
diferenças e aceitar a novidade.
Creio que ainda é tempo de escutar o grito dos que não
têm voz, de cantar a beleza da vida e anunciar a verdade às multidões.
Creio que ainda é tempo de dançar canções de
solidariedade, de querer bem a todos e ser mais generoso.
Creio que ainda é tempo de dar as mãos e juntos fazermos
acontecer a vida, cultivar a ternura e a amizade sincera.
Creio que ainda é tempo de sorrir com alegria, de brincar
com as crianças e contemplar o amanhecer de um novo dia.
Creio que ainda é tempo de ser mais pessoa e menos
máquina, saborear o momento presente e ser mais verdadeiro.
Creio que ainda é tempo de levantar bandeiras de luta, de
promover a justiça e a paz, perdoar e ser mais afetivo e mais dócil.
Creio que ainda é tempo de rezar, de ser mais humano,
mais cristão e valorizar o outro como companheiro de caminhada.
Creio que ainda é tempo de amar, sonhar, sentir e
celebrar e viver cada momento como se fosse o melhor e o último momento da
vida.
Creio, simplesmente, que ainda é tempo de redescobrir que
é possível ser feliz. E que as mudanças acontecem quando eu começo mudando a
mim mesmo. Crendo será possível transformar o mundo, o meu mundo, aqui e agora.
E se não for possível fazer coisas estrondosas, que eu possa dizer no fim de
tudo isso: Eu encontrei, na juventude, o sentido da vida. Eu apenas vivi.
Aldo César dos Reis Borba Júnior
filósofo e escritor